Dia da Mulher - Onde está a Mulher depois de ser Mãe?
SE, ANTES DE TER FILHOS, EU
SOUBESSE…
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Se eu soubesse as noites que ia passar em
claro
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Se eu soubesse a quantidade de fluidos
corporais que ia limpar ao longo da infância dos meus filhos
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Se eu soubesse o quanto o som da palavra
“Mãe? Mãe? Mãe?” me ia pôr os nervos à flor da pele ao longo de uma década
(mínimo)
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Se eu soubesse que ia demorar mais na casa
de banho, só para ter um tempinho para mim
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Se eu soubesse que esses momentos
roubados na casa de banho iam quase sempre ser interrompidos por algum dos
meus filhos a bater ininterruptamente na porta
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Se eu soubesse a quantidade de vezes que
ia ter de repetir as mesmas ordens, os mesmos avisos e as mesmas chamadas
de atenção
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Se eu soubesse que a solução mágica para as queixinhas, choros, desobediências, faltas de respeito,
e para a preguiça só ia ser eficaz apenas metade das vezes
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Se eu soubesse que amar os meus filhos não
significava gostar deles o tempo todo
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Se eu soubesse que às vezes ia chorar no
duche por ser o único sítio onde conseguia estar sozinha
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Se eu soubesse que em determinada altura
ia sentir-me, de tal maneira, “num oito” que só de pensar em entrar em
ação com o meu marido, me causava arrepios
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Se eu soubesse que nunca mais ia ser
capaz de concentrar-me em nada de alma e coração, senão nos meus filhos
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Se eu soubesse que a situação não fica
mais fácil à medida que os filhos crescem, apenas se complica de formas
diferentes
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Se eu soubesse o quanto me ia preocupar
a possibilidade de falhar enquanto mãe
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Se eu soubesse que ser mãe ia ser, para
sempre, um desafio permanente
Eu
tinha tido os meus filhos na mesma.
Porque se não os tivesse…
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Não saberia o que é o milagre de ter uma
vida a crescer dentro de mim
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Não saberia que o cheirinho da cabeça de
um recém-nascido faz-nos sentir no paraíso
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Não saberia o que é a magia de ter
um bebé a dormir nos meus braços, e nunca mais querer pô-lo no berço
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Não saberia o
que é a imensa felicidade de ver um filho a dar os primeiros passos, a
comer sozinho, a andar de bicicleta, ou ler um livro inteiro pela primeira
vez.
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Não saberia que o riso dos meus
filhos, pode alegrar o pior dos meus dias
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Não saberia como um simples e
inocente olhar de espanto, me derrete o coração
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Não saberia o quão fantástico é
assistir diariamente à evolução de uma criança que eu trouxe ao mundo
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Não sentiria o orgulho de ver o meu filho
a viver situações complicadas, e a desenvencilhar-se com base nos
ensinamentos que lhe transmiti
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Não viveria a alegria desenfreada que é
ver os meus filhos a triunfar.
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Não saberia o gratificante que é desafiar-me
diariamente para ser uma mãe melhor.
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Não saberia que ser mãe ia
ajudar-me a entender algumas questões por esclarecer desde a
minha infância.
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Não saberia que ao transformar-me
numa mãe ia
encontrar uma versão mais profunda, mais forte, e mais verdadeira de mim
própria.
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Não saberia o que é o amor
incondicional dos filhos.
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Não sentiria a energia e a força desta
poderosa forma de amar, que só uma mãe/pai conhece.
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Não saberia que a dor e as
armadilhas que nos aparecem no caminho são superadas pela beleza, alegria
e pelas maravilha desta viagem.
Por
tudo isto, se eu soubesse na verdade o que era a maternidade, eu teria feito
tudo como fiz…!
Se calhar,
teria aproveitado para dormir um pouco mais antes de ser mãe.
por Annie Reneau, Scary Mommy
imagem Luna Belle
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